terça-feira, 5 de junho de 2018

Filo Cnidaria


Imagem disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Cnidaria


Os cnidários são animais aquáticos dos quais a grande maioria vive em águas salgadas, há apenas alguns representantes de água doce, como as hidras. Também chamados de Celenterados, estes animais apresentam duas grandes evoluções em relação aos poríferos que são: a cavidade digestória e o sistema nervoso.

Características


  • São Diblásticos: apresentam 2 folhetos embrionários (ectoderma e endoderma);
  • Apresentam Cnidócitos: tipo de célula que libera substância urticante que pode ocasionar em dolorosa lesão, paralisação do animal ou até mesmo a morte;
  • Possuem 2 tipos de estrutura: os Pólipos e as Medusas;
  • Não apresentam nenhum representante terrestre;
  • A reprodução pode ser tanto sexuada quanto assexuada;
  • A digestão é incompleta, pois os animais não apresentam ânus;
  • Não possuem sistema respiratório;
  • Primeiros animais a se deslocarem por "vontade própria";
  • Primeiros animais a apresentarem sistema nervoso.

Morfologia


Pólipos

Geralmente se estabelecem fixos no ambiente em alguma extremidade. Tem aparência cilíndrica e na extremidade livre apresentam uma boca rodeada por tentáculos. As hidras, que são pólipos móveis, se deslocam com movimentos parecidos com cambalhotas.

Medusas

Deslocam-se livremente e tem forma que nos remete a um "guarda-chuva" ou até mesmo um "sino", com a boca na parte inferior rodeada de tentáculos.

Veja a figura a seguir:
Imagem disponível em: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/biocnidario.php




Tanto os pólipos quanto as medusas apresentam uma única abertura - a boca - que se abre na cavidade gastrovascular. Quando o alimento cai na cavidade gastrovascular é parcialmente digerido por enzimas digestivas e distribuído para as células que revestem a cavidade (células musculodigestivas), quando isso ocorre, a digestão está completa. 

Ambos os seres também apresentam uma camada gelatinosa que se faz presente entre a ectoderme e a gastroderme, a Mesogleia, camada essa onde se estabelecem as células nervosas que se espalham por todo o animal e não tem um centro de comando análogo a um cérebro.

Há uma célula em particular que caracteriza os animais desse filo, os Cnidócitos, que estão presentes por todo o corpo deles, todavia a maior concentração dessas células é nos tentáculos. Essas células estão presentes na defesa dos animais e também na captura dos alimentos. Quando tocados por algum ser, os cnidoblastos (cnidócitos) lançam uma cápsula, o Nematocisto, no qual há um filamento enrolado que possui um líquido urticante que é liberado. Foi a presença do cnidócito que deu o nome ao filo Cnidaria (que tem cnida = urtiga).Veja o esquema a seguir:


Imagem disponível em: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/biocnidario.php



Reprodução

Assexuada

A reprodução assexuada ocorre geralmente por brotamento nas hidras, onde não há variabilidade genética e brotos laterais ligados a hidra-mãe se destacam. Essa forma de multiplicação se dá em épocas do ano onde as hidras estão bem alimentadas e as condições do ambiente estão favoráveis.

Sexuada

Geralmente inclui uma fecundação externa, onde os espermatozoides da hidra nadam até encontrar o óvulo, na superfície do corpo. Em alguns cnidários, a fecundação pode ocorrer na cavidade digestória, onde após a fecundação o zigoto se divide e forma um pequeno embrião que se solta e, livre na água forma uma nova hidra, sem passar pelo estágio larval. Quando não há estágio larval, o desenvolvimento é direto. Entretante, na maioria das espécies há a formação de uma larva plana que se estabelece em alguma superfície e forma um novo indivíduo. Nesse caso o desenvolvimento é indireto. No ciclo de vida de determinadas espécies, gerações de pólipos e medusas sucedem-se em um processo denominado alternância de gerações. Veja o esquema a seguir:

Imagem disponível em: https://www.colegioweb.com.br/celenterados-ou-cnidarios/estudo-da-aurelia-aurita.html

Classificação e características

Os animais deste filo estão distribuídos em 4 grupos que predominam alguma das formas de vida, ou pólipo ou medusa. Observe o esquema a seguir:

Imagem disponível em: http://slideplayer.com.br/slide/2878843/





































Poríferos

Filo Porifera

Poríferos - Digestão, respiração, circulação, excreção e reprodução
Imagem disponível em www.estudopratico.com.br/poriferos/
 Os poríferos, também chamados de esponjas ou espongiários, são os animais mais simples do reino Metazoa, vivem em ambientes aquáticos e são fixos ao substrato. Acredita-se que que eles tenham se originado dos coanoflagelados, um táxon de protoctistas. Os poríferos recebem esse nome pois tem poros por todo o seu corpo.
  
Características
  
  • Não possuem tecidos ou órgãos, mas possuem células especializadas;
  • São sésseis durante a maior parte da vida, exceto no estágio larval, em que são livres natantes;
  • São exclusivamente aquáticos e predominantemente marinhos;
  • Podem viver isolados ou em colônias;
  • Podem ser tanto dioicos quanto monoicos, assim como podem se reproduzir tanto sexuada quanto assexuadamente;
  • Digestão exclusivamente intracelular;
  • São de desenvolvimento indireto, apresentando fase larval(larva=anfiblástula);
  • Seu desenvolvimento embriológico para na blástula.
  •  

Morfologia

  As esponjas geralmente apresentam um formato de vaso ou barril, com uma abertura chamada ósculo e um espaço vazio no centro chamada átrio. A parte interior à esponja, entre o átrio e a camada externa, chama-se mesênquima ou mesohilo. Veja a figura a seguir:

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Imagem disponível em www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/porifero.php

   Na imagem podemos ver a estrutura básica de uma esponja, assim como algumas de suas células especializadas, que são as seguintes: 
  • Pinacócitos: revestem a camada externa da esponja, formando a pinacorderme.
  • Porócitos: localizam-se nos poros e regulam a passam de água para o interior da esponja.
  • Coanócitos: revestem o interior do átrio, possum flagelo e coana, promovem o fluxo de água para o interior da esponja e para fora do ósculo, e capturam e digerem as particulas alimentares.
  • Amebócitos: transportam alimento para as células e regeneram as células danificadas ou mortas.
  • Escleroblastos: produzem as espículas, feitas de calcário ou sílica, e a espongina, tipo de fibra proteica, que juntas formam o "esqueleto" que sustenta o animal
  • Gametas: formam-se a partir da diferenciação dos amebócitos.
   As esponjas podem ainda ser classificas em diferentes tipos de acordo com sua forma, das mais simples às mais complexas:


tipos de esponjas 1
Imagem disponível em http://slideplayer.com.br/slide/367320/

 Reprodução

  As esponjas podem se reproduzir tanto de forma assexuada quanto assexuada. As formas assexuadas incluem brotamento(reprodução por brotos que se destacam da esponja original), gemulação(no interior do corpo da esponja formam-se as gêmulas, que são estruturas de resistência compostas por células indiferenciadas e protegidas por um envoltório rígido) e fragmentação, sendo o primeiro e o último efetivos graças à enorme capacidade de regeneração das esponjas.
  Veja um esquema da reprodução sexuada abaixo:
Imagem disponível em http://segundocientista.blogspot.com/2015/05/filo-poriphera-poriferos.html




   A reprodução sexuada, se forma por meio de gametas, formados em células chamadas gonócitos e saem da esponja pelo ósculo, penetrando em outra esponja por meio da corrente de água que passa pelos poros. Dessa forma, são captados os coanócitos que são transferidos até os óvulos que promovem a fecundação. Haverá um ovo, e dele surgirá uma larva de vida livre ciliada que sai da esponja e nada até fixar-se.
Fontes:
  • https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/porifero.php#fimPag 
  • https://www.todamateria.com.br/poriferos/
  • https://www.estudopratico.com.br/poriferos/
  • http://segundocientista.blogspot.com/2015/05/filo-poriphera-poriferos.html

Reino Metazoa


Características gerais
  • Multicelularidade
   Todos os animais são multicelulares, os diferenciando dos reinos anteriores.
  • Cooperação e comunicação celular
   As células dos animais deste reino cooperam entre si e estabelecem comunicação através de substâncias químicas como as hormonais com a finalidade do bem do organismo. Dentre os tipos decomunicação podemos citar:
  1. Comunicação Parácrina: quando as células atuam nas células vizinhas como mediadoras locais, alterando, por exemplo, a permeabilidade da célula ou atividade quimiotáxica, atraindo células macrófagas especializadas na fagocitose, como acontece com as prostaglandinas.                                                                                                                                                                                                   Figura 2                                                                                                                  
  2. Comunicação Neural: realizadas por moléculas chamadas neurotransmissores ocorrendo nas sinapses entre neurônios e células musculares ou células glandulares. O axônio atinge diretamente a célula alvo, liberando a molécula-sinal (neurotransmissor) apenas na sinapse, pequeno espaço entre o terminal sináptico e a célula alvo. Neurotransmissores podem alcançar grandes concentrações locais e podem ser removido rapidamente da fenda pela ação de enzimas ou proteínas transportadoras.                                                                                                              Image result for comunicação neural       
  • Blástula  (apomorfia do reino)
   A blástula é o segundo estágio de desenvolvimento do embrião dos animais. Nesse estágio, o organismo se apresenta como uma esfera constituída por uma camada externa de células menores (citotrofoblasto) e outras maiores (sinciciotrofoblasto), que constituem os blasômeros, e um espaço interno com líquido, a blastocele.                                                                                                                                  Image result for blastulas  
  • Presença de colágeno
   As células animais são conectadas entre si por desmossomas, hemidesmossomas, junções comunicantes e junções oclusivas. Além disse existe a presença de colágeno que constitui parte da matriz extracelular juntamente com filamentos de proteínas elásticas.                                                            
  • Heterótrofos por digestão 
   Todos os animais são heterotróficos por ingestão, com digestão tanto intra como extracelular.

  • Sem parede celular
   Suas células apresentam apenas membrana plasmática, sem nenhuma parede celular.
  • Movimento
   Apresentam tecidos especializados em movimento (tecido muscular) aliado a algum tipo de esqueleto. Geralmente apresentam movimento em uma ou todas as fases da vida.
  • Eucariotos
   Todos os animais são eucariotos, ou seja, apresentam carioteca.                                                                     Image result for carioteca
 



Origem dos metazoários

Teoria colonial: 
   Criada por Ernst Haeckel (Foi um biólogo, naturalista alemão, filósofo, médico, professor e artista que ajudou a popularizar o trabalho de Charles Darwin e um dos grandes expoentes do cientismo positivista), sustenta que os flagelados são os ancestrais dos metazoários. As células monociliadas (células com um único cílio) ocorrem comumente entre os metazoários inferiores, particularmente entre as esponjas, as hidras, as anêmonas-do-mar e os corais. Tanto os ovos como o esperma evoluíram em alguns flagelos (tais como o esférico Volvox). Embora se utilize freqüentemente o Volvox (gênero de algas verdes, coloniais) como modelo para design do ancestral colonial flagelado, esses organismos autotróficos com células semelhantes a plantas não são provavelmente ancestrais dos metazoários. As evidências ulta-estruturais apontam para os coanoflagelados (protistas aquáticos), monoflagelado e semelhante a animais, como melhores candidatos.
Teoria sinicial:
   Sugere que o metazoário ancestral foi um protista ciliado, multinucleado, com simetria bilateral (com um único eixo de simetria), que teria modo de vida bentônico (rastejando no fundo com sua abertura oral dirigida para frente raspando o substrato). Passa por inúmeras divisões nucleares. Assim, esta teoria sugere que os primeiros ancestrais dos Metazoa eram acelomados, animais que não apresentam celoma (cavidade embrionária preenchida por fluído celômico e revestida por mesoderme) e bilaterais.

Embriologia dos metazoários

  • Fecundação
   Nos animais que se reproduzem sexuadamente, a fecundação, fusão do espermatozoide (gameta masculino) com o óvulo (gameta feminino), gera o zigoto, que se divide em duas células geneticamente idênticas. Novas mitoses sucessivas geram os blastômeros, que formarão a mórula e a blástula.
   Os animais classificam-se em parazoários (como poríferos) e eumetazoários (como os cnidários, moluscos e os cordados). Nos embriões de eumetazoários, as células dispoõem-se em camadas denominadas folhetos embrionários, dos quais se originam os tecidos do corpo.



FONTES: 
https://www.todabiologia.com/anatomia/hormonios.htm
https://en.wikipedia.org/wiki/Blastula
https://blogdoenem.com.br/embriologia-blastulacao-gastrulacao-biologia-enem/
http://segundocientista.blogspot.com/2015/05/embriologia-dos-metazoa-ii.html
http://lab-siviero.icb.usp.br/biocel/modulos/MCC/
http://blogcienciasbio.blogspot.com/2011/11/origem-dos-metazoarios.html